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Jonathan Batista protagoniza novo espetáculo em uma das principais Cias de balé do mundo

By Bruno Gauvain



O carioca nascido na Cidade de Deus que fez história ao se tornar o primeiro bailarino clássico principal negro em 50 anos da Cia “Pacific Northwest Ballet” protagoniza ” Giselle”


Jonathan Batista, 31 anos é um bailarino carioca que já inspira uma legião de jovens a ganharem projeção no mundo do balé. Com uma carreira internacional consolidada, ele estreou como protagonista o seu novo espetáculo no balé, ” Giselle” no dia 04 e fará dia 10 de fevereiro às 19:30h no teatro McCaw Hall na cidade de Seattle, a última apresentação dessa temporada. Trata- se de uma obra romântica de 1841, considerado um dos balés mais importantes da era romântica.


” Posso afirmar que protagonizar ‘ Gisele’ é um sonho. Me sinto realizado por esta oportunidade. É uma obra com bastantes desafios, pois há uma grande parte artística que carrega e conta toda a história do balé, e a parte técnica, que faz com que o papel dance no segundo ato sem pausa”, declara Jonathan.


O artista ainda fala sobre seu personagem.


“Meu personagem é um homem nobre que apaixona-se por uma linda menina do campo com uma saúde frágil, e ele mantém a sua identidade de Lorde como segredo até ser desvendado.

Ele é calmo, calculista, porém um gentleman apaixonado por Giselle. É um personagem que requer um cuidado maior, um amadurecimento, um acúmulo de experiências dentro e fora do ballet que traz o papel de Albrecht para a vida”, revela Jonathan.

O artista também fala os desafios para conseguir conquistar o personagem durante a sua jornada enquanto artista.


“Na minha carreira eu tive que escutar de alguns diretores que eu não tinha o perfil para esse personagem pelo fato de ser um nobre. Graças à Deus e a uma rede de apoio que confiou em mim, eu sentia que um dia este sonho chegaria. Precisamos informar uma geração de bailarinos e líderes da dança que é sim possível para um homem negro/preto retinto tornar-se protagonistas de histórias de balés clássicos e românticos. É possível você tornar-se um bailarino profissional, ingressar o corpo de baile, ser um solista, e até mesmo chegar a posição de bailarino Principal”, declara.


Jonathan Batista que também é militante de pautas raciais sobretudo no universo do balé que ainda enfrenta resistências das pessoas ao incentivarem homens na dança, exalta o fato de dividir o palco também com outros bailarinos negros.


“Precisamos lutar cada vez mais por representatividade para que todos possam ter o direito de sonhar em ocupar o espaço que desejarem. Pela primeira vez em minha carreira, estarei compartilhando a cena com bailarinos negros/pretos, uma delas fará um papel Principal, e outros farão papéis coadjuvantes e parte do corpo de baile”, celebra Jonathan.


By Bruno Gauvain


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